"Tem que buscar o que gosta de fazer, né?" Por que não falou isso pra mim em 2006? Ou melhor, em 2005, quando eu queria largar o técnico? Ou no ano passado, quando eu não queria fazer a matrícula em farmácia? Freud já dizia que tudo é culpa da nossa mãe. Deve ser mesmo. Porque passamos a vida ouvindo o que nos diz e fazendo o que elas querem que façamos. Controle, controle, controle.
Mas o destino às vezes nos prova algumas coisas. Talvez, se eu tivesse largado o técnico naquela época, eu não teria conhecido melhor pessoas tão legais. Não teria sido amiga da Amanda e não teria aprendido tanto com ela, fora outras coisas muito boas que acho que aconteceram linkadas a ela também. Enfim...
Medo. Às vezes sinto medo. Não sei bem de quê. Acho que é medo de ficar sozinha. Quero meus amigos perto de mim. Não quero que nada de mal lhes aconteça. Quero estar sempre com eles. Quero ligar sempre pra eles. Quero saber sempre deles e ter certeza de que estão bem. Quero abraços. Muitos abraços. Acho que quem abraça muito (com todo o sentimento que deve envolver um abraço) morre sem preocupações.
Meus pais andam dizendo que estou triste. Não sei se estou triste. Estou insatisfeita e com saudades. Saudades de muitas coisas, de outros tempos, de pessoas.
Tenho que terminar minha planta na parede. Preciso de mais tinta. Tenho que aprender a mexer com grafite. Tenho que arrumar meu quarto. Tenho que arrumar minha vida. É bom começar pelo quarto. Coragem. Tenho que ter coragem.
Acho que vou morar na praia. Numa praia deserta. Com a natureza. Daqui a 5 anos. E terei uma moto. Daqui a 1 ano. Isso. Uma moto. E irei pra São Paulo. Daqui a 1 mês. Metas... sempre tive mania de metas. Agora minha meta é ser bem feliz. E amar. Amar muito.
Texto absolutamente confuso. Confusão na neblina da minha mente. Tudo corre. 57 quilos.
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