É curioso o que nós sentimos às vezes pelas pessoas.
Durante os três anos em que estudei no colégio onde fiz o ensino médio, vivia me perguntando se lá eu era feliz, se eu não teria feito melhor se tivesse continuado no outro colégio, onde eu já tinha algumas amizades concretizadas. Sempre sentia que alguma parte dentro de mim estava vazia. Talvez vazia de afinidade com a maior parte das minhas turmas, apesar de ter conhecido pessoas muito legais. Talvez vazia de afinidade com o próprio colégio, apesar de eu ter sido bem mais livre lá do que quando era do anterior. Ou ainda por falta de afeto, ou por estar sempre perdida mesmo, dentro de mim, o que me levaria a sentir vazios íntimos em qualquer lugar. É, não acho que realmente tenha sido a questão do afeto.
Porém, no último ano, comecei a firmar e afirmar as minhas amizades. Não só lá, mas também em outros lugares. Mas, para mim, as construídas no colégio durante esses três últimos anos foram especiais, talvez pelas devidas circunstâncias, como greve, exigências em grupo por aulas, falta de reposição destas, tendo, conseqüentemente, menos tempo com as pessoas e, assim, medo de não conseguir aproveitá-las como eu queria, conhecê-las melhor. Além disso, ainda havia toda a euforia de ser o último ano do colégio. Dali para frente estaríamos dando rumos diferentes para nossas vidas. Depois das férias, não haveria mais um ano letivo em que todos nós nos encontraríamos novamente, lá mesmo. Por isso toda a ansiedade de fazer deste o melhor ano de todo o ensino médio, e pra alguns, da vida inteira.
Vimos, então, verdadeiras declarações de amor, e recíproco na maior parte das situações. Melhores amizades surgiram às cascatas. Um autêntico espírito de união. E uma incrível dor misturada com angústia nos últimos dias de aula, fazendo muita gente chorar, como eu.
O que mais me intriga é que, apesar de tudo que eu senti até quase um mês depois do último dia de aula, todo esse sentimento parece estar "esfriando". Não sei se é porque estou com tantas outras coisas na cabeça, ou se é porque aquilo tudo só fazia parte do calor do momento. E tenho a impressão de que não sou a única que está achando isso.
Na verdade, não queria que fosse assim. Queria que tudo que prometemos, que dizemos, que sonhamos na última semana de aula fosse mesmo verdade e que se concretizasse. Acho que estou com medo de ter sido um pouco "ilusão" aquilo tudo. Mas também pode só ser impressão minha. Posso estar apenas tendo uma crise de nostalgia mesclada com saudade, sei lá.
O que ainda me deixa traqüila é que vou poder rever todas essas pessoas, que pra mim são tão importantes, não importando o quão importante eu seja para elas, duas vezes confirmadas esse ano.
Mas mesmo que tudo mude daqui pra sempre, estou muito satisfeita com o que vivi naquele colégio.
Durante os três anos em que estudei no colégio onde fiz o ensino médio, vivia me perguntando se lá eu era feliz, se eu não teria feito melhor se tivesse continuado no outro colégio, onde eu já tinha algumas amizades concretizadas. Sempre sentia que alguma parte dentro de mim estava vazia. Talvez vazia de afinidade com a maior parte das minhas turmas, apesar de ter conhecido pessoas muito legais. Talvez vazia de afinidade com o próprio colégio, apesar de eu ter sido bem mais livre lá do que quando era do anterior. Ou ainda por falta de afeto, ou por estar sempre perdida mesmo, dentro de mim, o que me levaria a sentir vazios íntimos em qualquer lugar. É, não acho que realmente tenha sido a questão do afeto.
Porém, no último ano, comecei a firmar e afirmar as minhas amizades. Não só lá, mas também em outros lugares. Mas, para mim, as construídas no colégio durante esses três últimos anos foram especiais, talvez pelas devidas circunstâncias, como greve, exigências em grupo por aulas, falta de reposição destas, tendo, conseqüentemente, menos tempo com as pessoas e, assim, medo de não conseguir aproveitá-las como eu queria, conhecê-las melhor. Além disso, ainda havia toda a euforia de ser o último ano do colégio. Dali para frente estaríamos dando rumos diferentes para nossas vidas. Depois das férias, não haveria mais um ano letivo em que todos nós nos encontraríamos novamente, lá mesmo. Por isso toda a ansiedade de fazer deste o melhor ano de todo o ensino médio, e pra alguns, da vida inteira.
Vimos, então, verdadeiras declarações de amor, e recíproco na maior parte das situações. Melhores amizades surgiram às cascatas. Um autêntico espírito de união. E uma incrível dor misturada com angústia nos últimos dias de aula, fazendo muita gente chorar, como eu.
O que mais me intriga é que, apesar de tudo que eu senti até quase um mês depois do último dia de aula, todo esse sentimento parece estar "esfriando". Não sei se é porque estou com tantas outras coisas na cabeça, ou se é porque aquilo tudo só fazia parte do calor do momento. E tenho a impressão de que não sou a única que está achando isso.
Na verdade, não queria que fosse assim. Queria que tudo que prometemos, que dizemos, que sonhamos na última semana de aula fosse mesmo verdade e que se concretizasse. Acho que estou com medo de ter sido um pouco "ilusão" aquilo tudo. Mas também pode só ser impressão minha. Posso estar apenas tendo uma crise de nostalgia mesclada com saudade, sei lá.
O que ainda me deixa traqüila é que vou poder rever todas essas pessoas, que pra mim são tão importantes, não importando o quão importante eu seja para elas, duas vezes confirmadas esse ano.
Mas mesmo que tudo mude daqui pra sempre, estou muito satisfeita com o que vivi naquele colégio.
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